O acampamento Base do Everest é um dos destinos mais procurados por aqueles que querem superar seus limites e vivenciar algumas das maiores aventuras que uma pessoa pode ter. Próximo da maior montanha do mundo, não é de se espantar que muitas pessoas todos os anos vão até o local para deslumbrar a beleza e o desafio do monte.
Criado para servir como um local de preparo para quem deseja subir até o topo do Everest, o local serve literalmente como uma base para os alpinistas mais corajosos. Lá, você pode ter todo o preparo que precisa para conseguir dar seus primeiros passos para a jornada. Mas um aviso: a jornada para o topo não é para qualquer pessoa.
Subir a montanha não é tarefa fácil. Existe risco de vida e o percurso é repleto de adversidades. É preciso ter um preparo físico acima da média e, além disso, estar pronto para enfrentar algumas das menores temperaturas do globo. Visitantes podem ir até a base e optar por não escalar, o que não tira a graça do passeio, uma vez que os arredores são impressionantes.
Nesta postagem, falaremos mais sobre como você pode chegar até a base e vivenciar de pertinho um dos locais mais belos que existem. Gostou da ideia? Continue sua leitura até o final!
Para qual cidade pegar o avião?
Chegar até a base já é uma aventura por si só. Existem várias maneiras de fazer o percurso. Ele tem duração variável e depende exclusivamente do planejamento, número de pessoas e outras variáveis que somente você pode responder.
Em média, levam 14 dias para chegar até o local, contando com as viagens de avião para a cidade próxima da base. O ideal é que você conte com uma agência de viagens especializada e com guias realmente experientes. Ter segurança é fundamental nessas horas e contar com grupos que você não conheca pode ser desaconselhável.
Para iniciar o roteiro, você deve pegar um avião para Lukla, que é onde a maior parte das pessoas iniciam o trekking. Ele pode ser pego de Kathmandu, que costuma ser a cidade principal para o início da viagem.
A partir daí, existem algumas rotas diferentes, mas, essencialmente, a caminhada se inicia de Lukla até a base. O ideal é contactar um guia e uma agência de viagens para conseguir ter esse planejamento mais cuidadoso. Ele pode variar de pessoa para pessoa e de acordo com o tamanho do grupo que fará o percurso.
O que é preciso levar?
Por ser uma viagem longa e bem difícil, é extremamente importante contar com excelentes equipamentos. Abaixo, faremos uma pequena listagem com os itens mais importantes. Esse é o mínimo que você precisa ter para conseguir viajar com tranquilidade. Veja:
- bota cano longo impermeável;
- calça de Trekking;
- segunda pele (calça e blusa para fazer o baselayer);
- camisetas de manga curta e manga longa;
- jaqueta fleece;
- jaqueta térmica;
- luva, gorros e óculos escuros (essencial para proteção dos olhos nos locais mais frios);
- saco de dormir;
- mochila cargueira para carregar todos esses itens.
Note que em muitos casos é preciso levar mais de uma unidade dessas peças de roupa. Isso vale para a calça, segunda pele, camisetas e até mesmo para os acessórios. Algumas pessoas também levam tênis ou outro calçado mais confortável para poder descansar melhor após longas caminhadas, essa é uma escolha pessoal, mas pode fazer muita diferença carregar esses materiais sobressalentes.
Na dúvida, pergunte para o seu guia tudo aquilo que você precisa levar. Evite fazer o trekking até a base do Everest com o mínimo possível — esse não é o momento para ser minimalista e certamente os cuidados com sua bagagem e preparação podem transformar sua viagem.
É importante mencionar que além da listagem acima, outros materiais podem ser importantes, como:
- protetor solar;
- remédios;
- comida;
- bastão para caminhada;
- lanterna de cabeça;
- garrafa e purificador de água;
- hidratantes;
- eletrônicos;
- e demais itens de higiene pessoal.
Sabendo da complexidade, prepare-se com antecedência, faça um checklist e procure ter uma experiência prévia com esse tipo de trekking.
Quais cuidados tomar nessa viagem?
De uma forma geral, o caminho até a base não é um dos mais difíceis. Todo o percurso é bem sinalizado e existem dezenas de turistas que fazem o trajeto todos os anos. Não é difícil encontrar pessoas e se enturmar até a base.
Todavia, por se tratar de um trekking de longa duração e de um ambiente mais frio, é fundamental estar bem preparado fisicamente. Esse provavelmente é o cuidado número um que você deve ter antes de embarcar nessa aventura.
Tente fazer várias outras viagens semelhantes próximas de você. Procure explorar ambientes mais frios (se possível, com neve) e ganhe experiência para conseguir desenvolver a confiança e a segurança necessárias para esse tipo de viagem.
Outro cuidado essencial é contar com um guia especializado. Por mais que seja possível fazer o roteiro totalmente individual, essa dificilmente é a melhor escolha, a não ser que você seja um desbravador nato, com muitos anos de vivência no trekking e na natureza.
Também tome cuidado com grupos sem guia e com pessoas que você não conhece. Lembre-se de que você passará dias com essas pessoas. Algumas regiões são mais isoladas e não há como negar que viajar com estranhos pode ter um risco inerente.
Em suma, se prepare bem fisicamente, melhore sua vivência na natureza e procure um guia para não errar na sua viagem. Muitas agências vendem esse percurso e não é difícil encontrar boas empresas que oferecem um ótimo serviço, com guia e todas as precauções necessárias (incluindo seguro de saúde e de resgate).
Quais os melhores roteiros e a melhor época para fazer a viagem?
Os roteiros variam enormemente. Abaixo, falaremos o mais tradicional de todos. Note que dependendo da sua agência ou guia, as coisas podem mudar. Por isso, pergunte e tire todas suas dúvidas antes de embarcar.
Esse costuma ser o roteiro básico que as pessoas seguem até a base:
- Dia 1: Lukla até Phakding (ou Mojo);
- Dia 2: Phakding (ou Mojo) até Namchee Bazar;
- Dia 3: Aclimatação em Namchee;
- Dia 4: Namchee até Tengboche;
- Dia 5: Tengboche até Dingboche;
- Dia 6: Aclimatação em Dingboche;
- Dia 7: Dingboche até Lobuche;
- Dia 8: Lobuche até Goraksherp;
- Dia 9: Goraksherp até Kala Pathar;
- Dia 10: Kala Pathar até a base do Everest;
Note que a duração é um pouco menor. Isso acontece porque não estamos pontuando o retorno até Luklar, que pode ser um pouco mais rápido e durar cerca de 2 a 4 dias. A quantidade de dias pode variar bastante e é preciso se planejar de acordo com as orientações do guia. Portanto, tire suas dúvidas antes de embarcar.
Outro fator que implica na duração é a altitude e o clima. O ideal é não correr e ir percorrendo o caminho com total segurança e tranquilidade. Ao longo do caminho existem acomodações e uma boa infraestrutura para quem precisa se hospedar e passar a noite com tranquilidade.
A melhor época para fazer o percurso é entre abril e maio e entre outubro e novembro. Esses são os melhores meses para fazer o percurso sem passar por grandes dificuldades com os climas mais gélidos e intensos.
O percurso até o acampamento base do Everest é muito gratificante e é, sem dúvida alguma, uma das maiores aventuras que alguém pode ter. A região é deslumbrante e a natureza quase que intocada não pode ser descrita somente com palavras. Lembre-se de levar sua câmera fotográfica e se prepare para alguns dos melhores momentos da sua vida.
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